sexta-feira, 19 de março de 2010

Red Hot Chili Peppers

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Red Hot Chili Peppers é uma banda de rock dos Estados Unidos formada em Los Angeles, Califórnia em 1983. A banda vencedora de seis Grammys, é composta por quatro membros, o vocalista Anthony Kiedis, o baixista Michael "Flea" Balzary, o baterista Chad Smith e o guitarrista Josh Klinghoffer. Assistindo a várias mudanças e a problemas pessoais de membros, o estilo da banda é variado, conseguindo juntar elementos do funk tradicional com elementos de outros gêneros como punk rock e rock psicodélico.

História

Eles eram garotos de Hollywood que descobriram um som diferente. Em retrospecto eles estavam fora do contexto, fora do que havia na época. Eram diferentes. Os Chili Peppers causaram polêmica desde o início, com suas famosas "Socks on Cocks", mas, por trás da fachada extravagante há uma amizade inabalável. O grupo passou pela morte de um dos integrantes por overdose de heroína (Hillel Slovak), e testemunho do quase declínio total de outro (John Frusciante). Após a recuperação, com a "nova" formação, o Red Hot Chili Peppers abriu novas trilhas e atingiu seu maior sucesso, ultrapassando muitos grupos rock atuais.

Discografia

Álbuns de estúdio
• 1984 - The Red Hot Chili Peppers
• 1985 - Freaky Styley
• 1987 - The Uplift Mofo Party Plan
• 1989 - Mother's Milk
• 1991 - Blood Sugar Sex Magik
• 1995 - One Hot Minute
• 1999 - Californication
• 2002 - By the Way
• 2006 - Stadium Arcadium

Álbuns.

Links nas Imagens.

The Red Hot Chili Peppers (1984)

01. True Men Don’t Kill Coyotes
02. Baby Appeal
03. Buckle Down
04. Get Up And Jump
05. Why Don’t You Love Me
06. Green Heaven
07. Mommy Where’s Daddy
08. Out In L.A.
09. Police Helicopter
10. You Always Sing The Same
11. Grand Pappy Du Plenty

Freaky Styley (1985)

01. Jungle Man
02. Hollywood (Africa) (Cover de The Meters)
03. American Ghost Dance
04. If You Want Me To Stay
05. Nevermind
06. Freaky Styley
07. Blackeyed Blonde
08. The Brothers Cup
09. Battleship
10. Lovin’ And Touchin
11. Catholic School Girls Rule
12. Sex Rap
13. Thirty Dirty Birds
14. Yertle The Turtle

The Uplift Mofo Party Plan (1987)

01. Fight Like a Brave
02. Funky Crime
03. Me & My Friends
04. Backwoods
05. Skinny Sweaty Man
06. Behind the Sun
07. Subterranean Homesick Blues
08. Special Secret Song Inside
09. No Chump Love Sucker
10. Walkin’ on Down the Road
11. Love Trilogy
12. Organic Anti-Beat Box Band


Mother’s Milk (1989)

01 – Good Time Boys
02 – Higher Ground
03 – Subway To Venus
04 – Magic Johnson
05 – Nobody Weird Like Me
06 – Knock Me Down
07 – Taste The Pain
08 – Stone Cold Bush
09 – Fire
10 – Pretty Little Ditty
11 – Punk Rock Classic
12 – Sexy Mexican Maid
13 – Johnny, Kick A Hole In The Sky

Blood Sugar Sex Magik (1991)

01. The Power of Equality
02. If You Have to Ask
03. Breaking the Girl
04. Funky Monks
05. Suck My Kiss
06. I Could Have Lied
07. Mellowship Slinky in B Major
08. The Righteous and the Wicked
09. Give it Away
10. Blood Sugar Sex Magik
11. Under the Bridge
12. Naked in the Rain
13. Apache Rose Peacock
14. The Greeting Song
15. My Lovely Man
16. Sir Psycho Sexy
17. They’re Red Hot


One Hot Minute (1995)

01. Warped
02. Aeroplane
03. Deep Kick
04. My Friends
05. Coffee Shop
06. Pea
07. One Big Mob
08. Walkabout
09. Tearjerker
10. One Hot Minute
11. Falling into Grace
12. Shallow Be Thy Game
13. Transcending

Californication (1999)

01. Around the World
02. Parallel Universe
03. Scar Tissue
04. Otherside
05. Get on Top
06. Californication
07. Easily
08. Porcelain
09. Emit Remmus
10. I Like Dirt
11. This Velvet Glove
12. Savior
13. Purple Stain
14. Right on Time
15. Road Trippin

By The Way (2002)

01. By the Way
02. Universally Speaking
03. This Is the Place
04. Dosed
05. Don’t Forget Me
06. The Zephyr Song
07. Can’t Stop
08. I Could Die for You
09. Midnight
10. Throw Away Your Television
11. Cabron
12. Tear
13. On Mercury
14. Minor Thing
15. Warm Tape
16. Venice Queen

Stadium Arcadium (2006)

CD 1.

01. Dani California
02. Snow (Hey Oh)
03. Charlie
04. Stadium Arcadium
05. Hump De Bump
06. She’s Only 18
07. Slow Cheetah
08. Torture Me
09. Strip My Mind
10. Especially In Michigan
11. Warlocks
12. C’mon Girl
13. Wet Sand
14. Hey

CD 1.

CD 2.

01. Desecration Smile
02. Tell Me Baby
03. Hard to Concentrate
04. 21st Century
05. She Looks To Me
06. Readymade
07. If
08. Make You Feel Better
09. Animal Bar
10. So Much I
11. Storm In a Teacup
12. We Believe
13. Turn It Again
14. Death of a Martian




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Camisa de Vênus

Camisa de Vênus é uma banda de rock brasileiro.

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História

Foi criada em Salvador quando Marcelo Nova (vocal), Robério Santana (Baixo), Karl Franz Hummel (guitarra base), Gustavo Mullen (Guitarra solo) e Aldo Machado (Bateria) se reuniram em 1980. A primeira apresentação foi em maio de 1982, em Salvador, e o lançamento do primeiro compacto, Meu Primo Zé e Controle total, aconteceu no mesmo ano. O primeiro álbum, Camisa de Vênus, foi lançado em 1983 pela Som Livre.

Em 1983 o Camisa de Venus se muda para São Paulo e assinam contrato com a Som Livre. O nome da banda era considerado "indecente" por muitos, sendo assim a divulgação em rádio e televisão seria inviavel. Diretores da Som Livre chamaram os membros da banda para uma reunião e sugeriram a mudança do nome da banda, Marcelo nova disse que mudaria o nome sim, e sugeriu que o novo nome da banda fosse "capa de pica'.O Camisa de Vênus foi expulso da gravadora após essa reunião. A gravadora também retirou o disco de catálogo e, por mais de um ano, a banda ficou sem gravadora. Em 1985, assinaram com a RGE, que relançou o primeiro disco da banda. Ainda em 1985, foi lançado Batalhões de estranhos, nesse disco o Camisa divulga o single Eu não matei Joanna d'Arc.

A banda lotava ginásios em todo o país e em Santos, litoral de São Paulo, gravaram o disco ao vivo, Viva, no Clube Caiçara, de 1986, o disco foi basicamente o registro de um show do Camisa, foi um marco na historia do rock nacional, o primeiro Ao Vivo realmente ao vivo, com microfonia, ecos e muitos palavroes. O disco fez muito sucesso, mas logo foi retirado das lojas pela censura. Ainda em 1986 assinaram um novo contrato com a WEA e lançaram o álbum Correndo O Risco, do qual Só o fim se tornou um hit. Neste mesmo disco o Camisa, uma banda de origem punk, convida uma orquestra para participar da canção " A ferro e fogo", algo completamente inusitado.

Em outubro de 1987 foi lançado o álbum duplo Duplo Sentido. Esse álbum conta com a participação especial de Raul Seixas, na música "Muita estrela pouca constelação" que retrata o cenário musical da época. Em novembro, Marcelo Nova deixou a banda, para investir em sua carreira solo. O Camisa de Vênus encerra suas atividades. Em 1995, o Camisa voltou a se apresentar com uma formação diferente, que lançou o último álbum, Quem é você?.

Após o fim da banda em 1998, o Camisa voltou a se reunir em algumas ocasiões.Em 2004, com a participação da banda no Festival de Verão de Salvador, onde a banda gravou o seu primeiro DVD, em 2007 com alguns shows pelo Brasil, e agora em 2009, a banda anuncia a volta oficial, porém, não contam com a presença do vocalista Marcelo Nova e nem do baterista original Aldo Machado. Ambos foram substituidos por Eduardo Scott (ex-Gonorréia) nas vozes, e Louis Bear na bateria.

Discografia

* 1982 - Controle Total (compacto)
* 1983 - Camisa de Vênus
* 1984 - Batalhões de Estranhos
* 1986 - Viva - Ao Vivo
* 1986 - Correndo o Risco
* 1987 - Duplo Sentido
* 1988 - Liberou Geral
* 1990 - Bota pra Fudê
* 1995 - Plugado! (ao vivo)
* 1996 - Quem É Você?


Álbuns.

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Álbuns.

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Camisa de Vênus – 1983.

01. Passamos Por Isso
02. Metastase
03. Bete Morreu
04. Correndo Sem Parar
05. Negue
06. O Adventista
07. Dogmas Tecnofacistas
08. Homem Não Chora
09. Passatempo
10. Pronto Pro Suicídio
11. Meu Primo Zé

Batalhões Estranhos – 1984.

01. Eu Não Matei Joana D’Arc
02. Casas Modernas
03. Lena
04. Ladrão de Banco
05. Gotham City
06. Noite e Dia
07. Crime Perfeito
08. Rosto e Aeroportos
09. Hoje
10. Cidade Fantasma
11. Batalhões de Estranhos

Correndo o Risco – 1986.

01. Simca Chambord
02. Mão Católica
03. Morte ao Anoitecer
04. Deus me dê Grana
05. Ouro de Tolo
06. Só o Fim
07. O Que é Que Eu Tenho de Fazer?
08. Tudo ou Nada
09. A Ferro e Fogo

Viva ao Vivo - 1986.

01. Eu Não Matei Joana D’arc
02. Hoje
03. My Way
04. Bete Morreu
05. Sílvia
06. Metástase
07. O Adventista
08. Solução Final
09. Homem Forte
10. Negue
11. Dogmas Tecnofacistas
12. Lena
13. Gotham City
14. Ladrão De Banco
15. Batalhões De Estranho
16. Coiote No Cio

Duplo Sentido – 1987.

01. Lobo Expiatório
02. O País do Futuro
03. Ana Beatriz Jackson
04. Vôo 985
05. Após Calipso
06. Me dê uma Chance
07. Deusa da Minha Cama
08. Chamam Isso Rock and Roll
09. Muita Estrela, Pouca Constelação
10. O Último Tango
11. O Suicídio – Parte II
12. Chuva Inflamável
13. Enigma
14. Farinha do Desprezo
15. A Canção do Martelo
16. Aluga-Se
17. Canalha

Plugado – 1995.

01. Amanhã
02. Beth morreu
03. Bota pra fudê
05. Só o fim
06. Correndo sem parar
08. Rock das “aranhas”
09. Rosto e aeroportos
10. Gotham city
11. Cidade bunda
12. Zé Coice de Mula contra Rubão Bebê
13. Silvia
14. Eu não matei Joana D’Arc

Quem é Você – 1996.

01. Quem é Você?
02. Seu Jeito de Olhar
03. O Poneiro Tá Subindo
04. Não Sou Passageiro
05. E Se Eu Chegar?
06. Don’t Let Me Be Misunderstood
07. Eu Vi o Futuro
08. Bem-Vinda ao Meu Pesadelo
09. Radinho de Pilha
10. O Mal Que Habita em Mim
11. Essa Linda Canção
12. O Poder
13. Esperando um Milagre
14. Forças Ocultas (Rockabilly Janio)

Marcelo Nova - Eu Vi o Futuro – 1998.

01. Século XXI
02. Papel de bandido
03. Noite
04. Só o fim
05. Quando eu morri
06. Tudo ou nada
07. A garota da motocicleta
08. Eu não matei Joana D’Arc
09. Coração sequestrado
10. Chamam isso rock and roll
11. Faça a coisa certa
12. Estranho no ninho
13. Carpinteiro do universo
14. A ferro e fogo

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Raimundos

O vocalista dos Detonautas, Tico Santa Cruz, será o novo membro dos Raimundos a partir de janeiro de 2010. Segundo informações divulgadas no site oficial, a banda se apresentará em uma turnê especial pelo país. A princípio, Tico participará dos shows como convidado. Mas, de acordo com Digão, atual vocalista e guitarrista dos Raimundos, a união pode durar mais tempo dependendo do resultado. A ideia de formar uma parceria surgiu do próprio Tico Santa Cruz, em seu perfil no Twitter. “Liguei para o Digão do Raimundos, sou fã há tempos, me ofereci para fazer alguns shows junto com eles no vocal da banda... Preciso de rock”, escreveu o cantor, no último dia 16 de outubro. Segundo Digão, algumas músicas serão cantadas por Tico e outras por ele mesmo.FestivalOs brasilienses poderão conferir a nova formação dos Raimundos já nesta sexta-feira (27/11), durante o Festival Cerrado Virtual. O evento reúne vários artistas para um tributo ao guitarrista e produtor musical Tom Capone — falecido em 2004, após um acidente de moto nos Estados Unidos. O líder dos Detonautas deverá cantar “Herbocinética”, “Bonita”, “A Mais Pedida” e “Eu Quero Ver o Oco”. Criado em 1987, os Raimundos têm Digão no vocal e guitarra, Canisso no baixo, Marquinhos na guitarra e Caio na bateria.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Faith No More


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Faith No More é uma banda de metal alternativo estadunidense formada em São Francisco, Califórnia, que esteve no activo de 1982 à 1998. É considerado um dos maiores grupos de rock dos anos 1990, e entre as canções suas de maior sucesso estão "Epic" e "Falling to Pieces" do disco The Real Thing (1989) e "Easy", cover do grupo americano The Commodores, do álbum Angel Dust (1992). A banda ganhou notoriedade no Brasil com a passagem constante do vídeo musical de "Epic" na MTV local e com uma aclamada apresentação no Rock in Rio II.

O estilo musical é de difícil categorização, visto que a banda possui uma série de vertentes e gêneros distintos, como heavy metal, rock alternativo, funk e rap. Alguns chegaram a chamaram seu estilo de funk metal. Outro fator crucial para a popularidade dos Faith No More foi a entrada de Mike Patton em 1988, cujos vocais característicos podem ter sido o maior motivo do êxito comercial do grupo. Em 24 de fevereiro de 2009 os integrantes do Faith No More anunciaram uma reunião para fazerem uma tour europeia
História
O início

O grupo surgiu em 1982, vindo das cinzas do Faith No Man, banda formada e liderada por Mike "The Man" Morris. Roddy Bottum, Mike Bordin e Billy Gould, então integrantes do grupo, decidiram livrar-se de Morris e ao invés de demití-lo, preferiram formar uma nova banda. Por sugestão de um amigo, o nome escolhido foi Faith No More, já que "The Man", "o cara" (Morris) "não mais" (no more, em inglês) faria parte do grupo.[3] No lugar de Morris, foi recrutado Jim Martin na guitarra. Diversos músicos ocuparam a vaga de vocalista nesta fase - dentre eles Courtney Love - até os membros optarem por Chuck Mosley, que participaria apenas dos dois primeiros discos da banda: We Care a Lot, de 1985, e Introduce Yourself, de 1987.

Mosley foi demitido em 1988 e os motivos da sua saída ainda geram certa discussão entre os fãs de Faith No More. A versão oficial seria de que Chuck foi mandado embora por ser alcoólatra e por ter causado problemas em alguns shows da banda. Entretanto muitos acreditam que o real motivo da demissão foi o fato de Mosley ser um vocalista limitado. Com a necessidade de encontrar um novo vocalista, Mike Patton foi o primeiro nome em mente, ele que em pouco tempo se tornaria o líder e a figura mais emblemática do grupo.
Era Patton

Mike Patton entrou no Faith No More poucas semanas antes das gravações do disco The Real Thing por indicação de Jim Martin, que havia ouvido uma fita demo da banda de Patton, o Mr. Bungle.

Com a banda na sua formação clássica, Mike Patton entrou no Faith No More direto para o estúdio onde a banda gravou The Real Thing", lançado em 1989.The Real Thing é um verdadeiro divisor de águas na carreira do grupo, com canções mais bem resolvidas e com o carisma de Mike Patton contribuindo para transformar o Faith No More num grande sucesso comercial.

A canção responsável pela transição foi "Epic", que com seu arranjo grandioso que faz jus ao título da canção, vocal hip-hop e refrão grudento, arrematou o nono lugar na parada de singles da Billboard e teve o vídeo musical exibido a exaustão na MTV estado-unidense. Com mais dois singles de sucesso, a "Falling to Pieces" e "From Out Of Nowhere", o disco The Real Thing chega ao décimo primeiro lugar na parada e atinge um milhão de cópias vendidas nos Estados Unidos.

O curioso é que internacionalmente, o sucesso da banda foi ainda maior. No Brasil, a MTV Brasil começava a dar seus primeiros passos em 1990 e o Faith No More foi uma das estrelas reveladas naquele ano. A popularidade conquistada pela banda no país impressionou seus próprios integrantes. Em 1991, o FNM tocou para o Maracanã lotado durante o Rock In Rio 2, iniciando um verdadeiro culto à banda nas terras brasileiras. O sucesso foi tão grande que eles retornaram no decorrer daquele ano para uma mini-turnê nacional.

Uma das características das apresentações ao vivo do Faith No More é o hábito das covers insólitas. Ainda antes do sucesso, a banda tocava a improvável "Pump Up the Jam" do Technotronic, apenas para infernizar suas platéias. Na época de The Real Thing, a banda incluiu no disco um cover de "War Pigs" do Black Sabbath, em um tempo onde a credibilidade artística do velho Sabbath era próxima a zero. Mas para "War Pigs", a tática não funcionou e o Faith No More começou a atrair a atenção e o respeito do público do heavy metal. A banda substituiu "War Pigs" do repertório dos concertos pela melosa balada "Easy" do grupo The Commodores.

Depois de dois anos de turnê, era hora de pensar no próximo disco e as gravações não foram tranqüilas. O guitarrista Jim Martin estava descontente com os rumos que a sonoridade da banda vinha tomando. Rumores dão conta de que ele participou muito pouco das composições, limitando-se a enviar pelo correio as bases de guitarras em fitas cassete aos outros integrantes da banda.

Em meio à grandes expectativas, Angel Dust foi lançado em 1992 e apontava para outras direções. Descartava definitivamente o rótulo funk metal e vinha recheado de temas mais mórbidos e sombrios. Propositalmente designado para chocar os fãs temporários, a banda apostou em sonoridades inusitadas, longe do hit fácil "Epic" que carimbava a banda até aquele momento. Diferente do que aconteceu com The Real Thing, em Angel Dust Mike Patton participou de todo o processo criativo do disco, e pôde exercitar o experimentalismo e o gosto pelo bizarro que marcou o seu trabalho no Mr. Bungle. Musicalmente, a banda também mostrava evolução, incorporando elementos eletrônicos e teclados mais climáticos, proporcionando uma atmosfera cinematográfica a algumas canções. Os videoclipes coloridos do álbum passado deram lugar a vídeos sombrios, que faziam questão de negar o lado "sex symbol" que o líder possuía na época. A crítica americana não mostrou muito entusiasmo e o disco acabou não tendo a mesma repercussão de The Real Thing. Nos demais países, no entanto, o Faith No More continuava enorme, e seu lugar privilegiado nas paradas de sucesso era garantido pelos singles de Midlife Crisis e A Small Victory. O terceiro single de Angel Dust foi para uma canção que na verdade não estava no disco: "Easy", o cover dos Commodores que a banda vinha tocando ao vivo há tempos e que finalmente ganhou uma versão de estúdio. "Easy" foi devidamente incluída em Angel Dust nas prensagens subseqüentes ao lançamento do single. A música também fez parte da trilha sonora da novela Mulheres de Areia da TV Globo.

Angel Dust rendeu mais uma turnê gigantesca pelo mundo todo. A turnê durou cerca de dois anos, onde eles, além de promover concertos próprios, tocaram em festivais e abriram shows para o Metallica e para o Guns N' Roses ne mega turnê de Use Your Illusion.

Ao invés de encarar o compromisso como oportunidade de consolidar a banda em novos públicos, o Faith No More usou seu tempo para provocar a audiência com sessões de garrafadas, insultos e sacanagens, principalmente através de Patton. O saldo do período foi uma grande repulsão por parte dos adoradores de plantão, aqueles que há pouco tempo atrás veneravam os autores de "Epic" e ali não entendiam o não-comercialismo sarcástico da nova fase. Por outro lado, os fãs que seguiram em frente tornaram-se verdadeiros cultuadores do álbum e da banda.

Com a saída de Jim Martin logo após a turnê, o Faith No More nunca mais seria o mesmo. A dificuldade de encontrar um guitarrista à altura do cargo somada à cada vez maior necessidade de Patton explorar outros projetos veio a instituir uma grande desunião entre eles, principalmente no que dizia respeito aos rumos que deveriam tomar. Patton revelou-se um grande explorador de sons, chegando a lançar um disco solo composto apenas de efeitos vocais. Seu trabalho no Mr. Bungle cresceu em profissionalismo e experimentalismo, seu tempo foi ocupado com participações no cenário avant-garde de São Francisco, cena notória de radicalismo musical. Todas estas demonstrações mostravam que, além de musicalmente distante dos integrantes do FNM, Patton cultivava um interesse cada vez maior em outros horizontes musicais. A banda titular então ganhava conotação de emprego, de compromisso, o que influenciou bastante a canção deles a partir daquele ponto.

Embora bem recebido por muitos fãs (e outros não-fãs), o álbum King for a Day… Fool for a Lifetime chegou de mansinho, com bem menos atenção que o anterior recebera. Com as guitarras gravadas por Trey Spruance, colega de Patton no Mr. Bungle, o álbum apostava em sonoridades mais cruas e bem menos elaboradas. Pela primeira vez a mesa de som era comandada por outro produtor que não o tradicional Matt Wallace. Um outro Wallace - Andy – seleto nome da produção de discos pesados, encarregou-se de aplicar sua mão pesada e distorcer ao máximo os acordes, dispensando bastante o trabalho de teclados nas canções. O trabalho funcionou no quesito peso, mas no caráter experimental e caprichado que a banda necessitava as coisas deixaram um pouco a desejar. Trey teve dificuldades de aplicar seu estilo "torto" no panorama "mais convencional" do Faith No More e o resultado foi pouco empolgante, com altos e baixos no decorrer do trabalho. Mesmo com vocais brilhantes, era possível identificar o caráter burocrático que tomava alguns pontos do trabalho e o princípio de falta de sintonia entre os integrantes.

Alegando dificuldades em se adaptar à banda, Trey recusa o convite para participar da próxima turnê e o Faith No More escala o então roadie de teclados Dean Menta para fazer o trabalho ao vivo das guitarras.

Em 1995, a banda passaria mais uma vez pelo Brasil, tocando na segunda edição do festival Monsters of Rock, em São Paulo. O festival foi realizado no dia 2 de setembro e contou, além do Faith No More, com as apresentações de Ozzy Osbourne, Alice Cooper e das bandas Megadeth, Therapy e Paradise Lost. Dois fatos inusitados do show foram a falta de energia elétrica no exato momento em que o Faith No More executava a música "Epic" e o baixista Billy Gould vestir a camisa do Palmeiras, time de futebol paulistano.

Mesmo reconhecido por fãs com uma certa simpatia, o álbum não empolgou da mesma maneira que os anteriores e passou despercebido pelas massas. A turnê européia terminou cancelada pela metade. Curiosamente, a este lançamento é atribuído o título de precursor do gênero new metal em que as bandas deste estilo seguidamente citaram-no como grande influência no método de composição e delineação sonora daquele movimento.

O momento seguinte se notabilizou pela grande proporção alcançada pelos trabalhos paralelos de seus integrantes. Patton entrou de cabeça no avant-garde, lançou outro trabalho solo e elevou o status de adoração do Mr. Bungle com turnês expressivas. O baterista Mike Bordin tocou com Ozzy Osbourne, Roddy Bottum estreou sua banda Imperial Teen.

Os rumores sobre um possível fim da banda tomavam proporções maiores e coube ao baixista Billy Gould segurar a peteca. Em um período de entressafra, Billy tornou-se o único integrante disposto a segurar a bandeira do quarteto em meio a rumores fortíssimos de uma inevitável dissolução. Partiu dele a iniciativa de convidar o amigo John Hudson, da banda System Collapse, para assumir as guitarras do disco a ser gravado.

Talvez por razões contratuais, talvez por influência de Gould, o Faith No More adentra mais uma vez o estúdio e grava o que viria a ser o seu último trabalho: Album of the Year. Em meio à recente febre da canção eletrônica, Gould assumiu a varinha de condução e escalou o produtor Roli Mosimann, com quem co-produziu as gravações. A influência de canção eletrônica, especialidade de Mosimann, viria a permear algumas faixas do álbum como "Stripsearch" e a grande gama de remixes lançados como lados-b do álbum. Notava-se também uma preocupação em alcançar a sonoridade de Angel Dust em faixas como "Last Cup Of Sorrow", onde os teclados passavam novamente a exercer um papel importante nas canções. O legado mais tosco da época de King for a Day apareceu em faixas como "Collision" e "Naked In Front Of The Computer". O fato é que, mais profundamente que no álbum anterior, o espírito de desunião e indiferença musical tornou-se muito evidente, levando muitos fãs a apostar no tão falado encerramento de atividade da banda. Foi notória a participação burocrática dos integrantes, visivelmente imersos em outros trabalhos. O resultado final foi uma colcha de retalhos, canções pouco inspiradas e sem um fio condutor entre si. Com recepção fria, oposta aos anos dourados da banda, Album Of The Year foi praticamente ignorado por público e media.

A banda em Album of the Year. Curiosamente, os últimos meses do Faith No More caracterizaram-se por uma grande reverência a suas apresentações ao vivo. Notoriamente uma banda especialista em palcos, os rapazes passaram a apresentar o que muitos defendem ser os melhores shows da carreira. Mesclando canções novas com hits e material antigo, passaram a arrecadar uma leva impressionante de fãs para os clubes europeus e australianos.

Com Mike Patton no auge de seu talento vocal e com a banda para lá de experiente, o Faith No More literalmente vestia terno e gravata para destilar suas canções de maneira altamente empolgante. Mas os problemas citados tomaram proporções insuperáveis e foi através de um e-mail que Billy Gould, ao final de uma turnê européia, anunciou o tão falado final de atividades.

Dali para frente, com suas responsabilidades aliviadas, os integrantes passaram a dedicar seu tempo a projetos pendentes de forma integral. Roddy Bottum deu continuidade a seu Imperial Teen, lançando mais álbums e recebendo bons resultados no cenário indie. Mike Bordin assumiu as baquetas da banda de Ozzy Osbourne, tocou em participações com Jerry Cantrell (Alice in Chains) e ajudou o Korn por uns tempos. Hoje exerce papel de baterista freelancer. Billy seguiu com pontas despretensiosas na banda Brujeria e deu início a uma gravadora obscura, trabalhando principalmente com artistas latinos. O guitarrista Jim Martin, após seu desligamento da banda, dedicou-se a projetos paralelos obscuros, chegando a lançar um disco solo chamado Milk and Blood. Fez pontas em um disco do Primus e participações em coletâneas. Hoje Jim reside em um rancho interiorano e dedica-se, além de seus projetos musicais, a plantar abóboras gigantescas. O grande foco ficou mesmo no lendário Mike Patton que surpreendentemente justificou o fim do Faith No More, dando aos fãs um motivo para acreditar que a banda devia sim chegar ao final. Além de seguir com suas participações com outros artistas inusitados, enfileirou projetos de qualidade em pouquíssimo tempo. Através de uma gravadora própria, a Ipecac, Patton criou um lar para seus projetos e outros artistas de seu interesse. O sucesso da Ipecac foi indiscutível, ajudado pelos órfãos do Faith No More Patton mostrou ao mundo o quanto prolífico ele era. Só em 2001, participou de três bandas de expressão: Fantômas, Tomahawk e Lovage. Todas marcadas pela experimentação musical, o não-comercialismo e a aparente falta de preocupação com o mercado. De forma madura e desencanada, Patton levou à sua maneira a tarefa de adotar os fãs que lamentaram o final desta que foi uma das bandas mais autênticas e cultuadas dos anos 1990.

O legado da banda é indiscutível, tendo influenciado dezenas de artistas da atualidade, não sendo raro encontrar músicos que referenciam os álbuns do FNM como melhores da década passada. Acima disso, há também o espírito da canção desafiadora, do não-conformismo com o sucesso fácil que o Faith No More viveu na pele e fez questão de trazer para os terrenos mainstream. Objetos de culto, a banda reside hoje entre as que melhor trazem o espírito da primeira metade da década de 1990.
Retorno

A banda retomou as atividades em maio de 2009, com shows marcados na Europa; o primeiro show da turnê aconteceu na Brixton Academy, mesmo local onde foi gravado o álbum ao vivo do Faith no More em 1990. A banda se apresentou nas cidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte em Novembro de 2009.
Discografia
Álbuns de estúdio

* 1985 - We Care a Lot
* 1987 - Introduce Yourself
* 1989 - The Real Thing
* 1992 - Angel Dust
* 1995 - King for a Day... Fool for a Lifetime
* 1997 - Album of the Year

Downloads

Álbuns.

Links nas Imagens.

We Care A Lot (1985)

1. We Care A Lot
2. The Jungle
3. Mark Bowen
4. Jim
5. Why Do You Bother
6. Greed
7. Pills For Breakfast
8. As the Worm Turns
9. Arabian Disco
10. New Beginnings


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Introduce Yourself (1987)

1. Faster Disco
2. Anne s Song
3. Introduce Yourself
4. Chinese Arithmetic
5. Death March
6. We Care A Lot
7. R n R
8. Crab Song
9. Blood
10. Spirit

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The Real Thing (1989)

1. From Out of Nowhere
2. Epic
3. Falling To Pieces
4. Surprise! You’re Dead!
5. Zombie Eaters
6. The Real Thing
7. Underwater Love
8. The Morning After
9. Woodpecker From Mars
10. War Pigs
11. Edge of the World

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Angel Dust (1992)

1. Land of Sunshine
2. Caffeine
3. Midlife Crisis
4. RV
5. Smaller and Smaller
6. Everything’s Ruined
7. Malpractice
8. Kindergarten
9. Be Aggressive
10. A Small Victory
11. Crack Hitler
12. Jizzlobber
13. Midnight Cowboy
14. Easy
15. As the Worm Turns


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King for a Day, Fool for a Lifetime (1995)

1. Get Out
2. Ricochet
3. Evidence
4. The Gentle Art of Making Enemies
5. Star A.D.
6. Cuckoo for Caca
7. Caralho Voador
8. Ugly in the Morning
9. Digging the Grave
10. Take this Bottle
11. King For A Day
12. What A Day
13. The Last to Know
14. Just a Man
15. Absolute Zero/I Started a Joke/Evidence (Spanish Version)


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Album Of The Year (1997)

1. Collision
2. Stripsearch
3. Last Cup of Sorrow
4. Naked in Front of the Computer
5. Helpless
6. Mouth to Mouth
7. Ashes to Ashes
8. She Loves Me Not
9. Got that Feeling
10. Paths of Glory
11. Home Sick Home
12. Pristina
13. Light Up and Let Go
14. Big Kahuna

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